Biografia
Elodie Bouny é violonista, compositora, produtora, orquestradora, professora. De mãe boliviana e de pai francês, ela cresce em Paris, onde efetua um percurso de estudos clássicos completo, focado no estudo do violão erudito no Conservatório de Boulogne-Billancourt (Paris).
Obtém seu diploma final, em 2000, com menção mais alta por unanimidade.
Em seguida, aperfeiçoa-se com Pablo Márquez no Conservatório de Estrasburgo, onde encontra a oportunidade de ampliar seu conhecimento e abrir seu campo de trabalho, em especial, à música antiga, e às músicas improvisadas. Termina este segundo percurso em 2005, quando se forma, obtendo o seu D.E.M. (Diploma de Estudos Musicais). Durante esses anos de estudos, complementa a sua formação seguindo numerosas MasterClasses com personalidades eminentes e participa em aulas relacionadas com a música da América do Sul, integrando por alguns meses os cursos do Conservatório Nacional de Folclore de Buenos Aires, dirigido pelo violonista Juan Falú.
Ela é Mestre em Educação Musical pela Escola de Musica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2012), e Doutora em Processos Criativos pela mesma instituição (2019).
Durante esses anos de estudo ela foi laureada em alguns Festivais Internacionais.
Em 2013, sua dissertação de mestrado é publicada nas Novas Edições Acadêmicas com o título: Violonista de formação erudita e violonista de formação popular: Investigando as diferenças na formação musical (ISBN 978-3-639-68569-5).
De 2008 até 2020, ela mora no Rio de Janeiro onde ela desenvolve a sua carreira profissional, e onde atua intensamente até hoje. Inclusive, é considerada como artista franco-brasileira.
Ela se apresenta em festivais e séries no Brasil e no estrangeiro como solista o como instrumentista de outros projetos.
Faz parte de bancas de concursos importantes, tais como o Concurso Violão Sem Fronteiras, do Festival Assad; Concurso BDMG Instrumental; Concurso de Canto da Alliance Française, Certamen Miguel Llobet (Espanha), além do Concurso Novas, que ela organiza desde 2012.
Recebe regularmente encomendas para diferentes formações, desde violão solo até ópera, passando por música de câmara.
A seguir, alguns eventos relevantes da sua carreira de compositora nos últimos anos:
Em 2020, a FUNARTE/UFRJ encomenda uma suíte para orquestra de cordas (Suite Infância Brasileira) com o intuito de ajudar a criar um novo repertório de orquestras juvenis no Brasil (Projeto SINOS).
Em 2019, a Orquestra do Theatro Municipal de São Paulo lhe encomendou uma peça para soprano e orquestra (Meia Lágrima) que foi estreada pela soprano Marly Montano sob a regência de Roberto Minczuk.
Em abril de 2022 foi estreada a sua ópera Homens de papel, que foi encomendada pelo Theatro Municipal de São Paulo (primeira encomenda de ópera desde a criação do Theatro), com libreto de Hugo Possolo encima da peça homónima de Plinio Marcos. (Regência de Roberto Minczuk com o Coro Lírico e Orquestra do Theatro Municipal de São Paulo)
Em 2022 foi estreada a peça para orquestra “Eclipse”, encomendada pela Orquestra Sinfônica de Santo André.
Em 2022, O duo Siqueira-Lima gravou a peça “Cara e coroa”, dedicada a eles, lançada no mais recente álbum do duo (Violonístico).
Em 2022, a Guitar Foundation of America encomenda um trio de violões (Three Wishes) que é publicado na editora canadense Les Productions d’Oz.
Em 2022 foi estreada a peça para clarone solo, “Touro” pelo solista Thiago Tavares na Cidade das Artes do Rio de Janeiro.
Em janeiro de 2023, foi estreada a sua peça “Um abraço pro Waldir”, encomenda feita pela Oficina De Música de Curitiba para a sua 40ª edição; obra para 5 cavaquinhos solistas, orquestra de cordas e regional brasileiro.
Em novembro de 2023 será estreada a sua peça Resiliência para orquestra pela Orquestra Sinfônica Brasileira (Rio de Janeiro).
Em agosto de 2023, foi estreada a sua peça Homenagem à Nova canção para Orquestra de câmara, no Festival Musica para Respirar (Sucre, Bolivia)
Em 2024, será estreada uma peça para violão solo dedicada ao João Camarero por encomenda da Cultura Artística.
Em 2024, será estreada uma peça para violão e orquestra com a Orquestra de Inhotim.
Desde 2020, ela faz parte da direção artística e também é professora convidada na plataforma de e-learning Guitar by Masters. Nesta mesma plataforma, em 2023 ela edita a peça Le pli du temps, composta em parceria com Sergio Assad.
A sua peça para quarteto de violões Déja Vu foi selecionada para a XXIII Bienal de Musica Brasileira Contemporânea e teve estreia brasileira em novembro de 2019 na Sala Cecilia Meireles.
Em 2022, sai o álbum de canções, Caravana do Amanhã, em parceria com Iara Ferreira, e é lançado e a tour de lançamento acontece em vários países: São Paulo, Rio de Janeiro, Asuncion (Pataguay), Hohenau (Paraguay), Buenos Aires, Tunja (Colombia), e Medellín.
Em 2023 foi lançado o álbum solo Luares, inteiramente autoral.
Em março de 2024 é lançado o álbum Helping hands, duo com Yamandu Costa.
Orquestrou diversas peças em parceria com Yamandu Costa (suíte Passeios, para violão de sete, acordeom e orquestra; concerto Fronteira, para violão de 7 e orquestra, entre outras), que foram tocadas em salas prestigiosas (Salle Pleyel, em Paris; Teatro São Pedro, em Porto Alegre; Teatro Cine Odeon, em Cuiabá, Gewanhaus em Leipzig; La Philharmonie, de Paris, Theatro Municipal de São Paulo, Sala Cecilia Meireles sob a regência de Antônio Borges-Cunha, Leandro Carvalho, Kristjan Jarvi e Alondra de La Parra e Roberto Minczuk.
Trabalha regularmente como arranjadora e orquestradora, e recentemente (junho 2022) ela orquestrou as canções de Mario Lucio de Sousa que foram estreadas pelo Coro e Orquestra Gulbenkian e registrado pela RTP, no auditório da Fundação Gulbenkian (Lisboa)
Como violonista, ela desenvolve vários projetos: Iroko Trio (com Marcelo Caldi e Carla Rincon), Iara Ferreira e Elodie Bouny, Duo Andrea Ernest-Dias e Elodie Bouny, Duo com a cantora portuguesa Susana Travassos e toca pontualmente com Yamandu Costa de duo, além do seu trabalho como solista.
Ela é diretora do concurso de composição para violão “Concurso Novas” que se encontra na sua 4ta edição.
Ela foi professora substituta de violão no Instituto de Artes e Design na Universidade Federal de Juiz de Fora em 2019 e na Escola de Musica da Universidade Federal do Rio de Janeiro de 2015 a 2017.
Vive atualmente em Lisboa.